segunda-feira, 25 de abril de 2011

Segunda feira.

Nossa deixa eu contar como foi o meu retorno ao trabalho. Para começo de conversa, ontem mesmo, comecei a me sentir mal, só na possibilidade de pensar em voltar para o posto, mais especialmente para a recepção. Só para contextualizar, eu trabalho num posto de saúde, na recepção, onde são marcadas as consultas de clínico geral, pediatria e ginecologia e também repassado todo tipo de informação à população, população esta que necessita chegar sempre antes das 6 da manhã e enfrentar uma fila de mais ou menos duas horas para conseguir agendar tais consultas sendo que muitas vezes sem sucesso, todos os dias as consultas acabam e muitas delas precisam voltar para as suas casas - depois de passar horas na fila em pé, na chuva, no sol, no frio, no calor - sem conseguir agendar a consulta. Junte-se a esse "bolo" de gente, adultos com crianças pequenas, idosos, gente mal educada, mal humorada, doentes e pronto, o barraco está formado, todos os dias há muito estresse e brigas, a maioria das pessoas descontam nas atendentes e isso já estava me deixando maluca. Por um lado é normal, afinal, somos nós que estamos ali, mas por outro não somo nós as culpadas, enfim SUS.

Bom, terminei o dia com o estômago embrulhado e bastante tensa. De manhã a coisa só piorou. Já amanheci chorando, quase não dormi e sonhei a noite inteira com o povo na fila. Mas, graças ao apoio do Marcos me levantei, tomei meu banho, o café da manhã não desceu, e fui pro posto disposta a pedir minha tranferência definitiva para o hospital municipal, onde faço horas extras. Lá apesar de ser hospital, o serviço é beeeeeeeeem mais tranquilo, pois NINGUÉM vai embora sem atendimento, além de ter a oportunidade de trabalhar apenas na parte da tarde/noite, podendo assim mandar o Felipe só meio período para a escola.

Era pra eu entrar as sete, mas só cheguei (chorando) às oito, eu simplesmente não consegui segurar as lágrimas, não sei o que me deu, eu só tinha uma coisa em mente: para a recepção eu não voltava. Encontrei algumas pessoas queridas logo de cara, que assim que me viram vieram em abraçar e me encorajar, isso foi muito bom, estava com saudades dos meus amigos de lá, alguns abraços/lágrimas depois fui conversar com a chefe. Só que a transferência não é uma coisa assim tão simples, e nem sai de uma hora para outra, depende sobretudo da minha diretora, expliquei a ela toda a minha situação e ela foi bastante compreensiva, ao que parece ela não vai dificultar as coisas, até me sugeriu que pegasse atestados até sair a transferência, mas isso eu não quero, até por que não sei quanto tempo vai demorar e preciso trabalhar. Então mudei de setor, estou agora na especialidade, local onde se marcam as consultas e exames especializados, espero que lá seja mais calmo. Pelo menos as pessoas pegam senha e esperam sentadas pelo atendimento. Mesmo assim passei o dia bastante triste e muitos vieram me perguntar porque eu estava daquele jeito, já que sempre fui uma pessoa alegre e divertida. Na verdade eu estava era cansada mesmo, devido ao plantão da noite anterior e a madrugada mal dormida. Agora que estou em casa, já tomei meu banho, jantei e tirei até um cochilo já estou me sentindo melhor. Tenho  certeza de que acordarei bem melhor e mais disposta amanhã.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Dias que passam

Hoje o dia começou como mais um dia estranho na minha vida. Acordei bem desanimada e triste, tipo "daquele jeito", e é engraçado isso já que tive um final de semana super animado. Domingo foi aniversário de 15 anos da Bia e a minha irmã fez uma bela festa para ela, estava ótima com direito a churrasco no almoço, salgadinhos, docinhos e bolo a tarde e a noite foi finalizada ao som de um  DJ estava realmente ótimo! Quando tiver coloco algumas fotos para vocês. Ontem o dia foi normal, levanta, café, casa, roupa, tarefa com o Felipe, almoço, escola, cama (mas não consegui dormir) livro, tv, supermercado, escola de novo, jantar, livro, cqc (programa de televisão que adoro) e cama. Já hoje ai, ai...que coisa. Mas, como tenho uma tarefa a cumprir (fazer o trabalho de psicologia do meu marido) tive que me levantar e vir para o computador, quero terminar ainda de manhã para poder pintar os ovos na parte da tarde, afinal a páscoa já é domingo e como aqui será feriado quinta e sexta-feira preciso fazer isso hoje ou no máximo amanhã cedo, e é bom ter algo para fazer e manter  a cabeça ocupada, acho que estou precisando voltar a trabalhar, embora não tenha vontade. Preciso restabelecer minha rotina.
E assim vou vivendo...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Por quê dois??

Hoje foi dia de comprarmos os ovos de Páscoa, então saímos após deixarmos o Felipe na escola eu, a Naty e o Marcos e fomos para a Havan para comprar os ovos. O do Felipe era fácil já que ele já havia escolhido qual queria, aliás nem tão fácil assim, ele escolheu três: um kinder maxxi, um do Ben 10 (claro) e um do Shreek. Comprei só o kinder porque o do Ben 10 já tinha acabado e o do Shreek nem tinha ali, então para substituir o que estava faltando pegamos de um outro personagem. Eis que entra em cena uma crise de ciúmes adolescente. A minha filha mais velha, que a princípio nem queria ovo de páscoa e nem qualquer espécie de chocolate porque  "chocolate engorda mãe" começou a dar "piti" (é assim que se escreve?) perguntando por qual motivo o Felipe tinha que ganhar dois ovos e ela só um, eu comecei a argumentar com ela dizendo que ele era pequeno, que eu vou esconder, aquela coisa toda que a gente faz com as crianças nessa época. Mas não teve jeito e as lágrimas rolaram face abaixo. Enfim olhamos mais algumas coisas e fomos para o caixa pagar, acabei tirando o outro ovo do Fê , decidi comprar depois e foi bom porque passamos em outro supermercado depois e lá tinha o bendito do ovo do Ben 10 e estava em promoção, levei a maior sorte pois só restavam dois, peguei um e acho que para a Páscoa está tudo resolvido. Ah! ainda falta eu pintar as cascas que estou guardando, tudo bem que hoje o Marcos me fez o favor de quebrar duas, mas eu reponho depois. Eu me lembro tão bem daqueles ovinhos pintados que a gente ganhava quando era criança, nossa eram vários, todos coloridos, nas cestinhas coloridas e era tudo o meu pai e a minha mãe que fazia, acho que a minha irmã também ajudava, são recordações maravilhosas da minha infância. Eu quero dar um pouco disso pro Fê também, acho legal, importante. Pena que eu não sei fazer aquele docinho de amendoim que eles colocavam dentro, então vou rechear com confeti mesmo...hehehe.


Falando em infância, ontem eu fui na minha segunda consulta à psicóloga e ela quis saber váaaarias coisas da minha vida, desde criança até agora. Tive que fazer um certo esforço, essas coisas a gente não consegue se lembrar assim de uma hora pra outra, tanto é que depois que eu saí de lá é que me lembrei de algumas coisas. Mas, tudo bem, eu não cheguei nem na adolescência ainda mesmo, paramos em 1982. Ela me disse que já tem uma idéia do que pode estar acontecendo mas precisa saber mais detalhes sobre mim antes de fazer o diagnóstico e começar o tratamento. Engraçado isso, eu já havia feito terapia antes - nunca mais do que duas ou três sessões não tenho paciência - mas em nenhuma delas a terapeuta quis saber tão detalhadamente sobre a minha vida. Vou tentar ser firme e fazer tudo direito dessa vez, não quero mais sentir aquela tristeza que senti nas duas últimas semanas e muito menos quero ficar na dependência dos remédios, por isso vou me encher de paciência e encarar a terapia, preciso me cuidar. Enfim aos poucos as coisa parecem estar voltando ao normal, já estou quase com vontade de ir trabalhar, mas enquanto a vontade não chega fico por aqui. Beijos!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Coragem!

Esses dias em casa já estão conseguindo me deixar mais cansada do que se eu estivesse trabalhando, hoje mesmo acordei com uma dor de cabeça daquelas e um tanto quanto mal humorada, mas sabe que vim pro computador e fui fazer a coisas habituais, checar e-mail, facebook, ler os blogs das minhas sobrinhas, que por sinal são muito divertidos, muito mais que o meu que ainda nem tive coragem de mandar convite para as pessoas lerem pois ele anda muito deprê, e melhorei. Aliás acho que essa fase terrível está acabando, ou pelo menos diminuindo, ou os remédios estão fazendo algum efeito, sei lá, pelo menos aquela tristeza horrivel que eu estava sentindo 24 horas por dia e aquele chororô todo parou. Conversar com amigos, com o pastor da minha igreja, com minha irmã,  e com a psicóloga ajudou bastante, teve até um dia que ela (minha irmã) veio fazer faxina aqui em casa...rs, e olha que eu descobri que ela é uma excelente faxineira, limpa um fogão como ninguém! Pode voltar viu Moka, o fogão está precisando de você de novo! A casa estava realmente uma bagunça, eu não sei o que seria de mim sem minhas irmãs por perto, sem  meu marido que está sendo maravilhoso comigo neste momento confuso da minha vida e sem meus filhos. Ontem de manhã, olha só que graça, o Felipe veio me pedir para pegar o Toddy para ele, eu ainda estava na cama e só ouvindo a bagunça que ele estava aprontando na cozinha, por conta disso resolvi me levantar para ajudá-lo, quando dou de cara com ele no corredor com uma caneca de leite que ele havia feito para mim, ele me entregou e me disse: "mamãe eu fiz pra você, eu vou cuidar de você direitinho" quase chorei na hora (me emociono só de lembrar) e o abracei e o beijei muito, Deus realmente me abençoou quando me deu a Naty e o Fê.
Vou dar uma arrumada no blog e vamos ver se crio coragem para mandar o link para vocês lerem.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Filme

Acabei de assistir um filme com a atriz Nicole Kidman, nele ela vive um drama pois perde seu filho de 4 anos em um atropelamento, não sei porque, aliás, sei sim, é porque é um filme super, hiper deprê, e o filme me deixou deprimida. Bom no meio dele recebi o telefonema de uma amiga do trabalho e isso me deixou bem contente, embora cada vez que o telefone toca eu fico apavorada imaginando se pode ser alguém me perguntando como estou. Eu sei que as pessoas se preocupam, mas é muito ruim ficar respondendo a essas questões e explico: simplesmente não sei como estou, tenho momentos bons e momentos ruins, mas é estranho...queria estar alegre, queria estar feliz. Nossa 17:07 preciso ir buscar o Felipe.